Já parou para pensar em quanta coisa aprendemos na escola? Pois é, mas a verdade é que muitas delas terão pouca ou quase nenhuma utilidade em nossas vidas adultas, ao passo que deixamos de aprender matérias básicas que todo cidadão poderia aproveitar bastante, tais como: educação financeira, empreendedorismo, direito, oratória, empatia e tantos outros assuntos indispensáveis para um bom desenvolvimento humano e profissional.
Quando mais jovem, lembro-me de reclamar de tudo isso com minha mãe, pois tinha que aprender biologia e química, que claramente não fariam parte da minha carreira. Ela sempre me respondia que os estudos eram a musculação dos neurônios e por isso eram importantes, sim.
De fato, eu concordo com ela, até acredito mesmo que isso faça sentido, mas não poderiam ser estudos sobre matérias que fôssemos utilizar mais adiante? Afinal, eu nem lembro mais para que servem as mitocôndrias…..
Não tenho a menor intenção de diminuir a importância de algumas matérias, porque sei que elas são importantes para outras profissões. Mas… Por que não eram eletivas para que os alunos pudessem escolher conforme seus gostos e vocações profissionais? Alguns temas da química, da biologia, da geografia e até da física só serão utilizados se a pessoa optar por uma profissão bem específica, enquanto a educação financeira seria proveitosa para todos, sem distinção.
Pense bem… Se todos nós tivéssemos aprendido educação financeira em parte de todos aqueles dias em que estivemos frequentando a escola, tenho certeza de que teríamos cidadãos com menos dívidas, com mais saúde financeira e quiçá, com muito mais dinheiro no bolso. Muitos dos erros com as finanças poderiam ser evitados e teríamos mais pessoas com uma aposentadoria tranquila. Isso é bom para o indivíduo, para a sua família e para a sociedade.
É verdade que agora (somente agora!) a educação financeira entrou para a Base Nacional Comum Curricular, mas o seu estudo será de forma transversal, ou seja, deverá estar inserida dentro das outras matérias. Não será uma matéria por si só. Mas, fico pensando se isso irá funcionar, afinal esses professores que irão passar os conceitos para seus alunos serão educados financeiramente? Será que haverá um treinamento, uma preparação de aula para esses professores? Isso é o que veremos…
Por enquanto, procuro me contentar e ficar feliz com esse pequeno avanço. Pelo menos o assunto está sendo tratado, entrou no currículo escolar, foi entendido como importante para a formação do cidadão. Agora é esperar para ver se isso vai funcionar. Faço votos que sim!
De um modo ou de outro, fica aqui minha sugestão: precisamos dar mais espaço para aquilo que tem maior capacidade de transformação de vidas. Nesse aspecto, não tenho a menor sombra de dúvidas do potencial da educação financeira.