Acredito que grande parte das pessoas já saiba que investir em renda fixa oferece oportunidades para aumentar o capital de forma mais conservadora. Se esta é uma verdade, também é verdade que investir em renda fixa tem lá seus desafios… E eles requerem atenção cuidadosa! Por mais conservador que esse tipo de ativo financeiro possa parecer, evitar erros é essencial para assegurar o sucesso de seus aportes.
Pensando nisso, elaborei uma lista rápida com 7 erros principais a evitar na hora de investir em renda fixa. Mas, antes de iniciarmos a lista, lembre-se de uma premissa essencial: para escolher os produtos financeiros mais adequados à sua carteira, invista de acordo com o seu perfil de investimento, os seus objetivos e o horizonte de investimentos. Se você não respeitar essa premissa, a chance de estresse e frustração restará multiplicada desde o primeiro dia de investimento.
Erro 1: Achar que a renda fixa é sempre fixa
Esse é um erro comum e potencialmente enganoso ao se investir em renda fixa. Muitas pessoas acreditam erroneamente que investir em renda fixa significa que os retornos são absolutamente estáveis e previsíveis, o que não é totalmente verdade.
Inclusive, é importante lembrar que até é possível perder dinheiro com ela. Sim! Renda fixa não é só ganho. Existem riscos e você precisa conhecê-los: leia aqui esse artigo em que explico sobre isso com mais detalhes.
Erro 2: Considerar que só há um tipo de renda fixa
É preciso entender que na renda fixa existem 3 tipos de títulos:
- os pós-fixados (mais conservadores), que são atrelados à Taxa Selic ou ao CDI;
- os prefixados, que têm taxas fixas;
- e os híbridos, que são atrelados aos índices de preços (como o IPCA) mais uma taxa de juros prefixada.
E então? Você sabia que existem esses 3 tipos? Pois é… E ainda vale lembrar que esses dois últimos não são indicados para a reserva de emergências, pois eles podem oscilar bastante nos dias em que o mercado sofre com notícias ruins.
Erro 3: Não pesquisar os emissores
Parece óbvio, mas você já pesquisou para saber se o emissor está bem das pernas? Fez ao menos uma busca na internet para saber quais são as notícias sobre esse emissor? Melhor checar, né?
Assim sendo, antes de investir, é importante pesquisar sobre a saúde financeira do emissor do título (seja um banco, governo ou empresa). Isso ajuda a avaliar a probabilidade de pagamento dos juros e do valor principal.
Mas, Leticia… Não tem o FGC? Sim, é verdade que existe o Fundo Garantidor de Crédito (FGC). Mas aqui vai uma lista de pontos a considerar:
- o FGC vale para a maioria dos títulos emitidos por bancos, mas não todos;
- o FGC garante apenas R$ 250 mil por CPF em cada conglomerado financeiro;
- o pagamento pelo FGC pode demorar alguns dias e não há nenhuma rentabilidade do título entre o momento em que o emissor “quebrar” e o pagamento.
Lembre-se disso, ok? Melhor mesmo é pesquisar um pouco mais sobre o emissor.
Erro 4: Não entender os vencimentos e os pagamentos de juros
É preciso entender que os títulos de renda fixa possuem vários vencimentos. Os mais longos possuem mais risco que os mais curtos.
Além disso, alguns títulos pagam juros ao longo do período de aplicação e outros só no vencimento. Como o investidor só receberá os juros no final, esses últimos possuem mais risco do que os primeiros.
Erro 5: Desconsiderar a sua necessidade de liquidez
Nem todos os investimentos de renda fixa têm alta liquidez. Alguns têm prazos de vencimento longos ou podem ter penalidades por resgate antecipado. Isso pode limitar sua capacidade de acessar seu dinheiro quando necessário.
Para sua reserva de emergências, considere os investimentos em renda fixa mais conservadores, ou seja, os atrelados à Selic ou ao CDI e que possuam liquidez diária.
Erro 6: Não considerar os custos e os impostos
As taxas de imposto e os custos de negociação podem afetar significativamente os rendimentos líquidos dos seus investimentos em renda fixa. Avalie como os custos e os impostos irão impactar os seus ganhos para tomar decisões informadas.
Erro 7: Não diversificar
Considerando tudo o que foi citado acima, colocar todo o seu dinheiro em um único título de renda fixa pode ser arriscado. Diversificar seus investimentos entre diferentes tipos de títulos, vencimentos e emissores pode reduzir o risco associado a esse tipo de produto financeiro.
Lembre-se de que o aconselhamento com um profissional financeiro habilitado pode ser valioso para evitar esses erros e desenvolver uma estratégia de investimento sólida que seja mais adequada à você.