A subida do IOF para as transações com cartões pré-pagos, cheques de viagem e saques no exterior de 0,38% para 6,38% no apagar das luzes de 2013 fez com que houvesse um aumento de até quatro vezes na procura por câmbio em papel moeda e também no spread entre o dólar turismo e o comercial.
O Valor Econômico, em sua matéria de hoje, explicita que além da pressão maior pelo papel moeda, o manuseio das cédulas exige maiores custos e impõe maiores riscos às casas de câmbio. Este comportamento do dólar turismo, inclusive, já havia sido previsto por mim na matéria publicada em 30/12/2013.
O aumento da procura por papel moeda também está ocorrendo e as corretoras estão percebendo uma troca do cartão pré-pago pelas cédulas, conforme eu já esperava. Porém, o aumento do risco para o viajante pode acabar não compensando a economia no IOF.
Com o passar do tempo, as pessoas devem ficar mais conscientes disso. Inclusive, muitas corretoras comercializam o papel moeda com uma cotação entre 1% a 2% mais alta que para os cartões pré-pagos (devido aos maiores custos de manuseio e riscos), então a economia final ficará entre 4% a 5%.
Uma forma melhor de encarar esta diferença é como se este IOF maior no cartão pré-pago fosse uma espécie de seguro contra roubo. Não pagamos o seguro saúde de viagem, seguro do carro e até contra roubo de celular? Esta diferença também poderia ser vista desta forma: o preço da segurança.
Leia aqui a reportagem na íntegra:
Fonta da imagem: Valor Econômico.