É isso mesmo, se você deixar seu dinheiro parado na conta corrente, a inflação vai corroer o seu poder de compra. E vamos combinar que não é isso que você quer, não é?
Se já estava difícil pagar as contas, com essa inflação a coisa só piora mais ainda. Inclusive, a quantidade de brasileiros com dívidas não para de subir.
Pensando nisso, vamos ver abaixo algumas formas de tentar driblar a inflação!
Inflação nas alturas
Nesse ano (2022) a inflação tem estado em dois dígitos e acumula alta de 11,89% nos últimos 12 meses até junho.
Essa inflação alta vem incomodando muito, principalmente em relação ao aumento dos alimentos. O jeito é tentar fazer algumas trocas nos itens consumidos e evitar outros para ir driblando o dragão.
Pelo menos devemos ter um alívio nos aumentos de preços com a limitação do ICMS para 17% e 18% para itens como combustíveis, gás natural, energia elétrica, comunicações e o transporte coletivo.
É possível até que venha uma deflação em julho, ou seja, uma inflação negativa, mas os patamares dos preços ainda estão altos.
Invista o dinheiro do dia a dia
Outra forma de driblar a inflação é não deixar o dinheiro do dia a dia parado na conta corrente. Quando a inflação estava baixa no ano passado, isso até não era tão necessário, mas agora com dois dígitos, já faz uma boa diferença no orçamento esses jurinhos a mais todos os meses no bolso. Vamos lembrar que agora a Selic, que é a taxa de juros da economia, está rendendo 13,25% ao ano.
Foi isso que expliquei na entrevista que concedi ao Uol: “Com juros de 2% ao ano, a pessoa recebia o salário, deixava na conta e ia gastando (…). Hoje, com juros de 1% ao mês, faz mais sentido investir logo no começo do mês.”
Você pode investir o seu salário num fundo DI, num CDB DI ou até no Tesouro Selic no dia em que recebe, e ir resgatando aos poucos, conforme for precisando. Outra opção é escolher uma dessas contas remuneradas dos bancos digitais e instituições de pagamento em que eles aplicam seu dinheiro por você, e você nem percebe. É como se o dinheiro estivesse na conta. Em geral, a remuneração é algo próximo à 100% do CDI, mas vale entender bem como que cada conta remunerada funciona.
E fique atento onde está colocando o seu dinheiro, pois há uma diferença entre as contas de bancos digitais e de instituições de pagamento. As primeiras são cobertas pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC) e as segundas não.
Outro cuidado que deve ser tomado é com aqueles investimentos automáticos dos bancos tradicionais, que, em geral, não rendem quase nada. Você acha que o seu dinheiro está recebendo bons juros, mas não é bem assim… Na verdade, alguns bancos cobram caro por essa facilidade e esse custo come quase toda a rentabilidade do investimento.
Separe o dinheiro do dia a dia dos demais investimentos
Por fim, o ideal é não misturar esse investimento do dinheiro do dia a dia com os demais investimentos. Principalmente com a reserva de emergências, já que ela também acaba sendo investida em produtos mais conservadores e com boa liquidez.
O que ocorre é que a pessoa acaba confundindo o valor que tinha disponível para o mês com os valores que estava poupando para os imprevistos e termina gastando mais do que deveria. Não compensa correr esse risco.
O melhor é investir em outro lugar separado e tirar da frente aquele dinheiro que não será gasto no mês.
E você, como vem lidando com a recente alta da inflação?