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A reserva de emergências e a minha experiência recente

A reserva de emergências e a minha experiência recente

Claro que você já ouviu que é importante ter uma reserva de emergências! Apesar disso, muita gente tem dificuldades de saber quanto deveria guardar, onde deveria investir e se seria tão importante mesmo ter essa reserva.

Semana passada dei uma entrevista para o InfoMoney falando um pouco sobre essa reserva. Leia aqui a matéria que foi publicada. Aliás, graças à ela eu pude voltar para o Brasil sem maiores percalços (saiba mais a seguir…).

 

Reserva de emergências: Quanto guardar?

A primeira pergunta que sempre me fazem é: quanto guardar nessa reserva? Sugiro que o valor seja de 6 a 12 vezes os gastos mensais, e que isso seja estimado dependendo de 3 fatores.

1 – Empregabilidade

Se a pessoa tem uma profissão em que é fácil conseguir emprego, como o caso de profissionais de TI ou de pilotos (recentemente a demanda por esses profissionais tem sido enorme), então essa reserva pode ser menor. Mas, se a posição da pessoa é em um alto cargo, ou se não há muita demanda pelos seus serviços, seria melhor ter uma reserva maior.

2 – Regularidade da receita

Quando um indivíduo trabalha no serviço público ou mesmo CLT, tende a ter uma maior regularidade da renda. Normalmente ele sabe quanto e quando vai receber o seu salário. Graças a isso, a reserva não precisaria ser tão grande. Já para uma pessoa que é profissional liberal ou empreendedora, essa regularidade tende a não existir. Em casos assim, a pessoa pode receber menos em algum mês e não tem certeza de quando o dinheiro irá entrar. Por isso, sua reserva precisa ser maior.

3 – Responsabilidade com pagamentos

Por fim, se a pessoa possui muitas responsabilidades de pagamentos, como um financiamento da casa própria, o colégio das crianças e um MBA para si mesmo, por exemplo, provavelmente deverá ter uma reserva maior do que a pessoa que ainda mora com os pais e não tem filhos.

Então, não temos uma regra para todos, vai depender dessas 3 características suas para saber se sua reserva precisa maior ou menor, ou seja, mais próxima de 6 ou de 12 meses de seus gastos.

 

Reserva de emergências: Onde guardar?

Como a reserva de emergências pode ser utilizada a qualquer momento, já que nunca sabemos quando um imprevisto irá acontecer, o ideal é que esteja investida em produtos financeiros conservadores e com liquidez diária, ou seja, que possam ser resgatados facilmente.

Os produtos indicados para essa reserva são:

Quanto aos fundos DI, é importante que tenham baixas taxas de administração ou que sejam até zeradas.

Em relação aos CDBs DI, o ideal é que paguem 100% do DI, tenham liquidez diária e, de preferência, sejam emitidos por grandes bancos, que tenham bom risco de crédito. Se o banco emissor quebrar, será necessário esperar o Fundo Garantidor de Crédito efetuar o pagamento.

Por fim, quanto ao Tesouro Selic, para aplicações de até R$ 10 mil, não há a taxa de cobrança da B3 de 0,20% sobre o patrimônio. Além disso, é preciso ficar atento, pois, para as vendas efetuadas até às 13:00, os recursos são liberados no mesmo dia, mas após esse horário, só ficam disponíveis no dia seguinte.

 

Reserva de emergências: minha experiência recente

Eu estava viajando… Fui visitar a minha filha que mora na Escócia. Porém, para utilizar um voucher da Iberia de uma viagem que tinha sido cancelada por causa da pandemia, meus voos de ida e volta seriam por Madri.

O que ocorreu foi que, na sexta, dia em que eu voltaria de Glasgow para Madri, houve uma greve dos controladores de voo na França, o que comprometeu várias viagens na Europa e arredores. Consequência: o meu voo foi cancelado.

Com isso, não consegui voltar para Madri e perdi meu voo de volta pro Brasil, que seria no domingo. A solução, depois de muitas ligações, foi comprar um trecho novo para o Brasil, pois o valor que a companhia queria cobrar para alterar a data da viagem era insano!

Claro que tive que utilizar a minha reserva de emergências para comprar esse novo trecho, senão ficaria presa por lá…

Nos e-mails e ligações do dia seguinte, consegui entender qual seria o processo para acionar o seguro de viagem, que vai pagar uma pequena indenização pela perda do voo.

Consegui também cancelar o hotel em Madri desses dois dias que ficaria por lá, sem custos. E ainda tenho que resolver o ressarcimento da passagem com a companhia aérea (Easyjet) que cancelou o voo e gerou todo esse transtorno.

A boa notícia é que “ganhei” mais 3 dias para ficar com a filhota em Glasgow. Aliás, como eu estava na casa dela, a cama estava garantida e sem custos adicionais!

Agora me responda: em quais situações a sua reserva de emergências também te ajudou a resolver uma situação crítica?

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