O Governo elevou o IOF sobre as transações feitas em moedas estrangeiras nos carregamentos dos cartões pré-pagos, na compra de cheques de viagem (traveller checks), nos cartões de débito e nos saques no exterior. Este aumento foi publicado no apagar das luzes da última sexta-feira do ano. A alíquota que era de 0,38% passou para 6,38%, mesma alíquota para a utilização do cartão de crédito lá fora. Para a compra de papel moeda nada mudou, continuam valendo os 0,38%.
Mesmo com estas alterações, o cartão de débito continua possuindo algumas vantagens, como o cancelamento em caso de perda ou roubo e o fato de já se saber de antemão o valor da cotação do dólar. Mas perdeu a vantagem da alíquota de IOF menor em relação ao cartão de crédito.
Esta nova tributação pegou de surpresa quem já estava às vésperas da viagem, ou até quem já estava viajando e tinha se programado para utilizar os saques no cartão de débito. Foi o que comentei ao ser entrevistada para a reportagem “Apesar da alta do IOF, cartão pré-pago ainda tem vantagens” do Valor Econômico cobrindo o assunto.
Ressaltei que para quem já carregou o cartão pré-pago, nada muda. Acredito, inclusive, que os que ainda não fizeram o câmbio, vão acabar optando por levar mais moeda em espécie para suas viagens, mesmo correndo um maior risco. O ideal é que dividam seus gastos entre o cartão pré-pago e dinheiro em espécie, sendo a maior parte para o cartão, pois o risco de ser roubado não compensa a diferença do IOF.
Acredito também que as pessoas irão aumentar o uso do cartão de crédito, mas em se falando de finanças pessoais, esta acaba não sendo a melhor opção. Quando utilizamos o cartão, o pagamento da fatura fica mais distante e parece que não há limite para os gastos. O cartão de crédito estimula a falta de controle das despesas.
O cartão de crédito somente deve ser utilizado para emergências ou como a garantia no check in de um hotel ou para o aluguel de um automóvel. Pois, quando utilizamos o cartão pré-pago, este valor fica bloqueado e demora alguns dias para ser devolvido, o que pode comprometer o saldo deste meio de pagamento até o final da viagem.
Veja aqui a reportagem na íntegra: