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Como montar uma carteira de fundos de investimento

Como montar uma carteira de fundos de investimento

Com os juros ainda baixos, não canso de falar sobre a importância de diversificar os investimentos! Uma maneira eficiente para quem não quer dedicar tanto tempo para isso é por meio de uma carteira de fundos de investimento.

Fui convidada para contribuir em uma matéria do InfoMoney sobre assunto (leia a matéria aqui) e vou elencar nesse texto o que precisa ser analisado ao escolher os fundos de investimento para a sua carteira.

Inclusive, se você quiser saber mais sobre os fundos de investimento, leia esse artigo que pode te ajudar:

Fundo de Investimento: vantagens e desvantagens

 

Carteira de fundos de investimento: analise as regras dos fundos!

Cada fundo de investimento tem suas próprias regras, algumas definidas pela legislação e outras definidas no seu Regulamento.

É importante entender quais são elas para saber qual é a política de investimentos, se o fundo pode ter operações mais arriscadas ou não, se o seu resgate é no mesmo dia ou se leva alguns dias para que o dinheiro entre na conta, para qual tipo de investidor o fundo se destina, qual é a taxa de administração e de performance, dentre outras.

Inclusive, escrevi um outro artigo explicando a questão da regra dos resgates com mais detalhes:

Entenda as regras de resgate dos fundos

 

Conhecer o histórico de rentabilidade do fundo e seus gestores

Sabemos que rentabilidade passada não é garantia de rentabilidade futura, mas é muito importante entender como o fundo se comportou em relação ao seu benchmark e também nas crises ou altas do mercado.

Saber se a equipe já trabalha há muito tempo junta, se tem sinergia e conhecimentos complementares e sobre o histórico profissional dos gestores também ajuda nessa análise.

No artigo abaixo, explico como analisar a rentabilidade de um fundo de investimento:

A rentabilidade dos fundos de investimento

 

Diversificar em classes de ativos

É importante diversificar a carteira de investimentos de acordo com seus objetivos, perfil de risco e horizonte de investimentos.

Desta forma, mesmo um investidor que tenha um perfil bem arrojado, pode ter fundos DI para a reserva de emergências e fundos de ações para a aposentadoria, por exemplo.

Em uma carteira diversificada, a ideia é investir em classes de ativos que vão performar de maneiras diferentes entre elas. É justamente isso que vai gerar o benefício na diversificação. Inclusive, é importante diversificar além dos mercados, em geografias e moedas diferentes.

Saiba mais sobre a diversificação dos investimentos no texto a seguir:

Diversificação de investimentos: a maneira eficiente de investir seus recursos

 

Diversificar em fundos de investimento dentro de cada classe de ativos

Por outro lado, vejo muitas pessoas com carteiras recheadas de fundos de investimento, porém muitos deles muito parecidos.

Isso não ajuda em nada a diversificação, pois é importante que os fundos tenham baixa correlação entre si, ou seja, que não se movimentem de forma parecida entre eles.

Para entender a correlação, ela pode ir de -1 até +1, de menos correlacionados a mais correlacionados. Quanto menor for a correlação entre os fundos, maior será o benefício da diversificação.

Quando a correlação é alta entre dois fundos e um deles sobe, o outro também sobe e quando um cai, o outro também cai na mesma proporção. Desta forma, acaba sendo mais do mesmo. Não há diversificação de verdade.

Por outro lado, se a correlação entre eles é negativa, quando um cai, o outro pode subir e compensar a perda. Aí reside o benefício de ter uma carteira diversificada.

Inclusive, eu falei um pouco mais sobre a questão da correlação no artigo indicado acima, clique aqui para conferir.

 

Não adianta ter fundos demais e nem de menos

É importante diversificar a carteira de fundos de investimento, mas também não adianta diversificar tanto, a ponto de fazer com que cada fundo represente muito pouco da carteira. Se isso acontecer, altas ou quedas de rentabilidade podem nem fazer diferença para o resultado final.

Escolha aqueles com melhor índice de Sharpe, ou seja, aqueles que entregam mais retorno dado o nível de risco que estão correndo. E se desfaça daqueles com os menores índices de Sharpe. Desta forma, você será recompensado com melhores rentabilidades pelo risco que estiver correndo.

Além disso, fica cada vez mais difícil acompanhar, controlar e declarar no imposto de renda uma quantidade sem fim de fundos de investimento.

Ray Dalio, um mega gestor e fundador da Bridgewater Associates, entende que o ideal seria ter algo entre 10 a 15 bons ativos pouco correlacionados na carteira.

 

E então? Pronto para montar uma carteira de fundos de investimentos eficiente? Espero que os tópicos acima lhe ajudem a tomar uma decisão de qualidade!

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