Nos últimos tempos, o número de clientes que utilizam cartões pré-pagos para diversas operações vem se multiplicando em todo o país.
Apenas para se ter uma ideia, esse tipo de cartão hoje já é responsável por cerca de 1% de toda a movimentação financeira realizada pelos cartões em geral. Foram mais de 7.4 bilhões de reais movimentados só no primeiro semestre deste ano.
O número de opções para este serviço também vem crescendo. Já são mais de 200 empresas no setor.
Diante da importância que o tema vem ganhando, o Portal G1 fez um podcast para tratar do tema em que me tive a oportunidade de dar minha contribuição. Escute seguir…
Como funciona o cartão pré-pago
O funcionamento do cartão pré-pago é bem parecido com o de um celular pré-pago. Nesse caso, a pessoa faz um pagamento para recarregar o cartão e vai gastando o dinheiro depositado até que o saldo termine e nova recarga seja realizada.
Então, a principal diferença entre esta modalidade e o cartão convencional de débito, por exemplo, é que os pré-pagos podem ser utilizados sem ter vínculo com um banco e mesmo para aqueles sem acesso ao crédito.
Isso significa que ele é muito útil para quem não tem conta em banco (desbancarizados), mas é preciso ficar atento ao seu custo. Além disso, é preciso prestar atenção à sua aceitação no mercado, já que nem todos os estabelecimentos o aceitam.
Quanto aos custos, é recomendado observar se há cobrança de taxas pelo uso, por transação ou uma espécie de mensalidade, semelhante ao que ocorre em muitos dos cartões convencionais.
Situações em que pode ser interessante o seu uso
No podcast do Portal G1, eu listei 3 situações em que pode ser interessante o seu uso para:
- Desbancarizados (pessoas sem conta em bancos) – já existem muitas empresas que pagam os benefícios e a remuneração dos funcionários com esta modalidade, justamente pelo fato de os mesmos não possuírem conta em banco.
- Mesada dos filhos – o objetivo é trazer mais organização, evitar que os filhos andem com dinheiro (questão de segurança) e ensiná-los a organizar suas finanças desde cedo, utilizando o cartão.
- Pessoas com restrição de crédito – por estar com o nome “sujo”, elas acabam não tendo acesso aos cartões de crédito. O cartão pré-pago permite que elas efetuem pagamentos de serviços e produtos que somente teriam acesso por cartões convencionais (como por exemplo, as assinaturas de streaming de músicas ou filmes), caso o cartão pré-pago não existisse.
Por fim, é bom lembrar que o dinheiro depositado no cartão pré-pago fica parado e não há rendimento.
Algumas questões relevantes
Já utilizou alguma vez um cartão pré-pago? Tem interesse em aderir? Então… Antes de tudo, vale a pena pesquisar e conhecer algumas perguntas muito importantes que podem lhe auxiliar na decisão sobre usar ou não este serviço. A lista de perguntas a seguir foi elaborada pelo IDEC (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor). Veja só…
- Para qual finalidade será usado? Existe outra opção?
- Qual é o custo? Existe custo de aquisição, tarifa de recarga ou mensalidade?
- Qual é a validade do cartão? O que acontece com o valor disponível para uso quando o cartão expirar?
- Como é feita a recarga? Onde o cartão pode ser utilizado? Em quais transações?
- Há contrato de adesão? Há outras taxas previstas neste contrato?
- Qual é a reputação da empresa que opera esse cartão? Quais as principais reclamações que ela tem?
- Qual é o principal canal de atendimento ao consumidor?
- Se for preciso cancelar uma compra, como é feito o cancelamento?