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CDB ou fundo de renda fixa: qual escolher para seu investimento?

CDB ou fundo de renda fixa qual escolher para seu investimento

Escolher entre CDBs ou fundos de renda fixa pode não ser tão trivial quanto parece. Dessa forma, entender as diferenças entre esses dois tipos de produtos financeiros ajuda a tomar as decisões mais adequadas.

Esse foi o assunto da minha entrevista para o Portal Inteligência Financeira, cuja matéria completa está aqui.

Então vamos às características de cada um….

CDBs: investir diretamente

Os CDBs são títulos emitidos por bancos, ou seja, o investidor está emprestando recursos para essas instituições. Esses produtos oferecem uma rentabilidade que pode ser de 3 tipos: pós-fixada (atrelada ao CDI), prefixada (com uma taxa fixa) ou híbrida (atrelada à inflação mais uma taxa fixa).

No caso dos prefixados e dos híbridos, o investidor receberá a rentabilidade contratada se ficar com o investimento até o seu vencimento, mas pode ter até um prejuízo se precisar do dinheiro no meio do caminho e não conseguir boa liquidez, ou se as taxas de juros subirem desde a compra do papel.

Alguns CDBs possuem liquidez diária e outros só no vencimento. Então, essa é uma característica importante a ser considerada dependendo do objetivo e prazo do investimento.

Uma das grandes vantagens dos CDBs é que eles não possuem o come-cotas, que é um adiantamento do imposto de renda cobrado semestralmente em alguns fundos, como nos de renda fixa, nos meses de maio e novembro.

Além disso, os CDBs têm prazos de vencimento definidos, o que significa que o investidor tem um prazo para o seu dinheiro ficar investido. No vencimento, querendo ou não, o dinheiro volta para a conta corrente do investidor.

Os CDBs também não têm taxa de administração, um custo que geralmente incide sobre os fundos de renda fixa, impactando a rentabilidade final.

Outra característica dos CDBs é a proteção oferecida pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC), que assegura valores até R$ 250 mil por conglomerado financeiro e por CPF, com um limite de R$ 1 milhão a cada quatro anos para cada pessoa. Essa garantia adiciona uma camada de segurança importante a esse produto financeiro. Então, é sempre bom limitar o valor a ser investido a até R$ 200 mil, pois dessa forma, é possível que a rentabilidade do investimento também esteja dentro da garantia do FGC caso o emissor venha a quebrar.

Fundos de renda fixa: investir por meio de um veículo de investimento

Os fundos de renda fixa, também podem ser desses 3 tipos: os indexados ao CDI, os prefixados e os atrelados à inflação.

E diferente dos CDBs, eles não possuem um prazo de vencimento específico, portanto, o investidor poderá deixar o dinheiro investido até que efetue o resgate.

No entanto, é essencial estar atento às taxas de administração, que podem variar significativamente entre os fundos. Quanto menores as taxas, melhores costumam ser os rendimentos desses fundos.

Uma questão importante é que a rentabilidade de um fundo é sempre esperada e não garantida, já que depende da performance dos ativos que compõem a carteira do fundo e da gestão realizada pelo gestor.

Adicionalmente, na carteira desses veículos de investimento costuma ter uma boa diversificação de ativos investidos, o que reduz a perda do fundo em caso de risco de crédito, ou seja, da quebra da empresa emissora de algum dos títulos da carteira do fundo.

Uma outra característica dos fundos de renda fixa é o come-cotas, que acaba reduzindo a rentabilidade líquida do investimento ao longo do tempo.

Ao comparar um CDB com um fundo de renda fixa, o que realmente importa é comparar a rentabilidade contratada do CDB com a rentabilidade esperada do fundo, considerando sempre o impacto das taxas e do come-cotas nos fundos.

Para a reserva de emergências: CDBs e fundos pós-fixados

Para a reserva de emergências, tanto CDBs pós-fixados com liquidez diária quanto fundos de renda fixa referenciados DI com resgate no mesmo dia são boas opções. Ambos oferecem segurança e acesso rápido aos recursos, características essenciais para essa reserva.

De qualquer forma, independente da escolha, o primeiro passo é avaliar o objetivo do investimento, o prazo e o perfil do investidor. Lembrando que os CDBs (Certificados de Depósito Bancário) e os fundos de renda fixa oferecem alternativas distintas, cada uma com características que podem se alinhar a diferentes perfis e necessidades.

Em resumo, avaliar cuidadosamente essas características permitirá uma escolha mais alinhada aos seus objetivos financeiros.

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