Ter filhos sempre foi sinônimo de assumir responsabilidades. Colocar uma pessoa no mundo, sustentá-la e educá-la não é tarefa fácil. Em termos financeiros, filhos representam um custo grande.
Para início de conversa, basta pensar na educação… Tudo começa com a educação fundamental, ensino médio e, depois deste período, ainda tem a faculdade. Aqui, identificamos uma tendência de aumento gradual dos custos educacionais, seja por conta dos reajustes de mensalidades ao longo do tempo que têm sido acima da inflação, seja pela tendência de custos mais elevados, conforme o grau de escolaridade vai avançando.
Há poucos dias, recebi o convite para participar do PodCast Educação Financeira, do Portal G1, e pude contribuir com algumas dicas que considero importantes para que você possa formar uma reserva para o futuro do seu filho.
Para escutar o PodCast na íntegra, clique no botão abaixo:
Então, vamos às orientações…
Comece a poupar e a investir o quanto antes, mês a mês…
É importante começar a poupar o mais cedo possível, investindo o dinheiro acumulado. Essa estratégia tem como principal objetivo usufruir do tempo a seu favor, em se falando de longo prazo. Há duas vantagens essenciais …
A primeira está no fato de que a reserva ir crescendo aos poucos por conta dos depósitos mensais e a segunda vantagem reside no aproveitamento dos juros compostos proporcionados pelo investimento. Olhando para o curto prazo, esses juros podem parecer pequenos, mas como a criação de um filho é um projeto de longo prazo, eles ajudarão a incrementar o capital investido no período.
Para facilitar a sua vida nos aportes mensais, considere-os como se fossem boletos do dia a dia. Se possível, agende aportes recorrentes, no dia em que recebe seu salário, para que o dinheiro seja aplicado automaticamente todos os meses.
Onde investir a reserva para o futuro do seu filho?
O dinheiro deve ser direcionado para investimentos que rendam um percentual acima da inflação, do contrário, irá resultar em perda do poder de compra. (Lembrando que rentabilidade passada não e garantia de rentabilidade futura.)
É extremamente recomendável que o investidor busque se informar bastante também, além da rentabilidade, sobre outras características dos produtos financeiros escolhidos, como carências, impostos, taxas e custos, dentre outros.
Os custos merecem uma consideração especial… Existem investimentos que ainda cobram taxas elevadas, mesmo com os juros mais baixos no momento. Compare os custos e analise bem as alternativas. Se quiser saber mais sobre custos, recomendo que leia um artigo específico que publiquei sobre o tema: clique aqui para acessar!
Do mesmo modo, é importante levar em consideração o perfil de investimento dos pais, porque isso determinará qual o grau de risco que eles estarão propensos a assumir no período de acumulação.
Além disso, deve-se também identificar o horizonte de investimentos da aplicação. Apenas a título de ilustração, considere que se o prazo for curto (menos de 5 anos, por exemplo), é recomendável que os pais optem por investimentos mais conservadores e, portanto, com menores riscos.
Para entender o motivo desta recomendação, basta pensar no que ocorreria caso os pais tivessem investido tudo em um fundo de ações que precise ser resgatado no próximo semestre, mas que tenha perdido uma parte de seu valor. Em casos assim, dificilmente haveria tempo suficiente para recuperar o prejuízo. É justamente por conta disso, que a recomendação para prazos menores é que os recursos sejam aplicados em Fundos DI, Tesouro Direto ou até mesmo na poupança.
Dessa forma, o futuro do seu filho estará bem encaminhado. Haverá maior equilíbrio em suas finanças, já que a reserva será efetuada aos poucos e os juros sobre juros lhe ajudarão nessa empreitada. E então, vamos começar a poupar e a investir?