Há alguns dias, escrevi um artigo para a Revista Época Negócios (clique aqui para acessar) respondendo a uma pergunta de um leitor sobre day trade. A questão era: “vale a pena fazer day trade? O que eu preciso saber antes de começar?”
É fato que, nos últimos 2 anos, muita gente começou a diversificar seus investimentos e passou a operar na bolsa de valores. Isso foi observado com o grande aumento de CPFs cadastrados na B3. Mas, será que todos conhecem as estratégias de day trade e de buy and hold?
Day Trade
O day trade é uma estratégia de operação em que o trader deve comprar e vender ou vender e comprar ações no mesmo dia. Como eu expliquei no artigo da Revista Época Negócios, quando a operação é iniciada com a compra de um ativo, há uma expectativa de que seu preço suba nesse mesmo dia e de que mais tarde seja efetuada a venda com ganho. E, ao começar vendendo, a esperança é que seu preço caia para recomprar mais barato depois.
Como se trata de uma operação muito especializada, não é recomendada para iniciantes na bolsa. Mas, se, mesmo assim, o investidor quiser operar day trade, recomenda-se que faça operações pequenas, envolvendo valores baixos que não comprometam de forma alguma a sua renda e o seu patrimônio. Dessa forma, poderá ir percebendo aos poucos se essa estratégia se adequa aos seus objetivos.
Sobre a taxa de sucesso desse tipo de operação, não custa lembrar do estudo publicado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), que revelou que somente um percentual baixo de pessoas obtêm sucesso com esse tipo de estratégia ao longo dos anos, o que reforça a ideia de que se trata de uma atividade complexa e de alto risco.
Buy and Hold
De outro lado, a estratégia oposta ao day trade é a estratégia buy and hold que, ao contrário da anterior, usa o tempo a seu favor.
A estratégia do buy and hold consiste basicamente em comprar ações pensando no longo prazo. Nela, o investidor compra ativos analisando os fundamentos da empresa em que está investindo. Ao analisar os dados da companhia, ele pode se concentrar em receber dividendos, juros sobre capital e, claro, na expectativa de valorização do negócio em si, com o respectivo aumento do valor das ações.
Como a expectativa de longo prazo é que os bons negócios cresçam, esse tipo de estratégia acaba tendo maiores chances de sucesso para o investidor comum.
Mas, nem isso é garantido, pois algumas das empresas que estavam no Ibovespa há trinta anos, nem existem mais.
Portanto, não basta apenas comprar uma ação e nunca mais olhar para ela, é preciso sempre estar atualizando as análises com informações mais recentes.
Investir por meio de fundos de investimento
As estratégias que mencionei acima, são por meio de investimentos diretos em ações. Porém, nem todos têm tempo ou disposição para ficar analisando as empresas, seus setores e nem os indicadores macroeconômicos o tempo todo. Então, uma estratégia alternativa é investir no mercado de ações por meio de fundos de investimento. Nesse caso, o fundo possui um gestor profissional que vai analisar e escolher as empresas pelo investidor. Ele que será o responsável por efetuar as análises e as compras e vendas das ações.
Pronto! Agora que você conhece melhor sobre o assunto, analise bem o que fazer. Lembre-se: estude muito, estude sempre. E dê preferência a cursos e orientações de profissionais renomados.