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Devo sair dos investimentos de baixo risco?

Com os juros mais baixos de nossa história (2% ao ano), existe a possibilidade de a rentabilidade dos investimentos muito conservadores não conseguir nem acompanhar a inflação. Nesse caso, o investidor acaba perdendo o seu poder de compra.

Sendo assim, faz-se necessária a diversificação dos investimentos para que seja possível maiores rentabilidades que posssam superar a inflação.

Então, o primeiro passo é guardar a reserva de emergências. Só depois de constituída é que se recomenda pensar em diversificação de investimentos em produtos com um pouco mais de risco e que tenham possibilidade de maiores retornos no longo prazo.

O mais indicado é que essa transição da carteira seja efetuada aos poucos, para que a pessoa vá percebendo como se sente com as oscilações de seus novos investimentos. E, além disso, essa estratégia ainda vai servir para diluir o risco de entrar com todo o montante num momento de pico de alta daquele investimento.

É bastante claro que sempre será importante entender quais são os objetivos, o perfil de risco do investidor e o horizonte de investimentos. Os investimentos devem estar adequados a essas 3 condições.

Gostaria também de enfatizar que a renda fixa não morreu e que segue sendo muito importante manter uma parte de seus investimentos nesses produtos conservadores, porque, além de servirem para a reserva de emergência, eles também vão servir como um colchão segurando a rentabilidade naqueles momentos de crise em que pode haver uma oscilação nos investimentos um pouco mais arriscados.

Essa diversificação pode ser em produtos de renda fixa prefixada e renda fixa atrelada à inflação, em fundos multimercado, em fundos imobiliários e até em fundos de ações.

Como eu escrevi no artigo que publiquei hoje no Valor Econômico (clique aqui para baixar o PDF do artigo): “A sugestão de investir em fundos é para aqueles que não têm tempo, aptidão nem disposição para estudar o mercado. Nesse caso, o gestor é quem vai escolher os ativos que compõem a carteira do fundo e o investidor não precisará se preocupar com isso.”

E um outro fator importante é que agora, com esses juros tão baixos, o custo de oportunidade de investir no exterior está menor, então faz sentido diversificar em outros países também. Inclusive, esses investimentos podem ser efetuados com ou sem exposição a outras moedas. E melhor, podemos diversificar sem nem mesmo precisar tirar os recursos do Brasil. Podemos efetuar esses investimentos daqui mesmo.

E, por fim, sugiro que o investidor estude bastante os investimentos e aprenda mais para poder tomar decisões mais bem embasadas, ou então, procurar um profissional, assim como eu, que seja habilitado para auxiliar na escolha dessa nova carteira.

Se quiser saber mais, recomendo que leia o artigo que publiquei hoje no Valor Econômico (clique aqui para baixar o PDF do artigo), em que respondi a seguinte pergunta de um leitor: “Tenho ouvido falar sobre a importância de sair de investimentos de baixo risco, mas estou em dúvida: quando e como fazer isso?” Vale a pena conferir!

Bons investimentos!

 

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