O dólar está passando por um período de grande alta. Nas últimas semanas, ele ultrapassou a marca dos R$ 5, deixando muitas pessoas em alerta, especialmente aquelas que têm viagens planejadas para os próximos meses.
Esse foi o tema da entrevista que dei para o Estadão. Clique aqui para ler a matéria completa.
Esse movimento ascendente da moeda norte-americana pode ser resultado de diversos fatores que estão agitando os mercados.
As taxas de juros lá nos Estados Unidos estão subindo ou ainda ficarão altas por um bom tempo. Por outro lado, aqui no Brasil o Banco Central já está baixando a Selic. Esse diferencial de juros pode fazer com que os investidores prefiram tirar seus recursos daqui para investir lá na terra do Tio Sam. Quando isso acontece, a demanda por dólares aumenta, impulsionando seu preço.
Dessa forma, a expectativa é de que o dólar não retorne ao patamar muito inferior a R$ 5 até o final do ano. Entretanto, vale ressaltar que a imprevisibilidade é uma característica do mercado de câmbio, e diversos acontecimentos podem influenciar tanto positivamente quanto negativamente a cotação da moeda.
Para aqueles que estão planejando viagens internacionais nos próximos meses, a dica de ouro é adquirir a moeda estrangeira de forma gradual, ou seja, ir comprando aos poucos. Dessa maneira, a pessoa consegue fazer uma média de preços e minimizar o risco de comprar toda o montante em um preço mais elevado.
Uma estratégia eficaz é monitorar frequentemente as flutuações da taxa de câmbio. Muitos sites e aplicativos de casas de câmbio oferecem a opção de criar alertas para serem notificados quando o dólar apresentar uma queda.
Outra opção que pode facilitar a vida de quem vai viajar são as contas internacionais. Elas funcionam com cartões de débito e permitem que os usuários carreguem a moeda estrangeira desejada, tornando os pagamentos no exterior simples e mais convenientes. Uma das vantagens é a taxa de IOF, que é de apenas 1,1%, a mesma para levar papel moeda, além de utilizar para a conversão a taxa de câmbio comercial (às vezes com um pequeno spread) e não a de turismo.
Essa modalidade está se popularizando entre os viajantes, superando os cartões pré-pagos, que viram sua atratividade diminuir desde que o IOF para eles passou a ser igual ao dos cartões de crédito internacionais, que hoje estão em 5,38%.
Além disso, ainda é possível transferir mais recursos para a conta internacional ao longo da viagem se for necessário.
No mercado brasileiro, várias fintechs e bancos digitais oferecem contas internacionais com uma variedade de benefícios, como opção de escolher entre mais de 50 moedas ou acesso a salas VIP em aeroportos, por exemplo.
No entanto, é essencial considerar as taxas de câmbio de cada uma e os custos cobrados em cada transação. Aqui tem um estudo sobre várias dessas contas internacionais no Blog Viagem na Viagem, que eu adoro!
Além disso, é importante verificar a aceitação de meios de pagamento digitais no destino da viagem. Minhas filhas viajaram para a Croácia e lá pouco aceitavam cartões de débito ou de crédito, era quase tudo em cash e elas tiveram que efetuar alguns saques. Muitas vezes, elas até tiveram um alto custo para efetuar essas retiradas em dinheiro vivo.
Com tudo isso, essas análises ajudarão a definir se é mais vantajoso levar dinheiro em espécie ou usar os cartões. Pesquise bem e escolha a opção que melhor se adapta às suas necessidades e ao seu perfil de viajante.