Um indivíduo pode estar endividado basicamente por duas causas, em um dos casos, a situação pode ter ficado complicada por um acontecimento inesperado, tipo a perda do emprego, uma doença na família, ou seja, um imprevisto. E também pode ocorrer pelo fato de a pessoa estar vivendo num padrão de vida além de sua capacidade financeira, ou seja, estar repetidamente gastando mais do que ganha.
No primeiro dos casos, passada a situação inesperada, o ajuste tenderá a ser menos complicado, pois o rombo não tenderá a ir aumentando com mais dívidas, já que foi um evento pontual. É verdade, que dependendo do tamanho da dívida, isso pode virar uma bola de neve, por conta das altas taxas de juros do Brasil….
Por outro lado, no segundo caso, será necessária uma mudança de hábitos, para que a família passe a viver de acordo com sua possibilidades e deixe de gastar mais do que ganha, evitando aumentar mais e mais a dívida.
Endividado, passe a controlar suas finanças
Se você ainda não tem um controle financeiro pessoal, se não conhece o seu fluxo de caixa mensal considerando tudo o que entra de receita e o que sai como despesa, nem adianta tentar dar os próximos passos, pois sem saber pra onde o dinheiro está indo, será muito difícil conseguir se planejar para o pagamento das dívidas. Principalmente se o seu caso é o segundo, em que vem gastando mais do que ganha, basicamente, você vai “tapar o sol com a peneira”, vai aliviar a situação por algum tempo, mas tem grandes chances de voltar ao problema em breve, num espiral descendente.
Um conselho: faça as contas! Conheça a sua vida financeira em detalhes. Coloque tudo no papel ou em uma planilha. Depois disso, corte o que for desperdício, e reduza ao máximo o que não for estritamente necessário. Faça simulações e análises. Por fim, esforce-se para que sobre algo e, depois disso, foque em quitar as dívidas para sair do sufoco. A partir daí, os passos seguintes se tornam bem mais relevantes…
Endividado, renegocie as suas dívidas
Ao conhecer melhor a sua vida financeira, você ficará a par de sua situação e saberá até onde pode ir em termos financeiros. Com isso, poderá passar para a etapa seguinte, que é a renegociação das dívidas.
Conhecendo melhor suas finanças, entre em contato com as instituições credoras e comece a renegociar suas dívidas, respeitando a sua capacidade de pagamento previamente calculada.
Porém, infelizmente, nem tudo na vida são flores… Entenda porque a seguir…
O Plano B para os endividados
Há algumas semanas eu fui entrevistada pelo Portal Como Investir (clique aqui para ler na íntegra) e, na matéria, eles citaram que muitas pessoas que tentam renegociar as suas dívidas não obtêm êxito nesta empreitada.
“Uma pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) mostrou que quase 61% das pessoas que tentaram não conseguiram renegociar suas dívidas com os bancos.”
Se você tiver esse tipo de dificuldade, procure órgãos de defesa do consumidor, como o Procon ou as defensorias públicas. Além do apoio que eles podem lhe dar, anote aí esta super dica: a postura dos credores costuma ser outra quando uma pessoa endividada renegocia com essas instituições ao seu lado. Aproveite para colocar tudo em dia e obter melhores condições!
Uma outra opção é acessar o consumidor.gov.br, que de acordo com o próprio site: “…é um serviço público que permite a interlocução direta entre consumidores e empresas para solução de conflitos de consumo pela internet.” Por meio deste portal também é possível renegociar com os bancos.
Caso o sucesso não venha, outra opção é fazer uso da portabilidade: procure outras instituições para tentar transferir a dívida para onde lhe ofereçam melhores condições.
Mas… E se nada disso der certo?
A última hipótese, se não restarem alternativas para o endividado
Bem… Se nenhuma das alternativas que apontei acima lograr êxito, e você já estiver inadimplente….
A boa notícia é que é possível encontrar saídas viáveis mesmo em uma situação desgastante como esta. Você quer saber como? Como eu revelei no artigo do Portal Como Investir, “quando o devedor está inadimplente, e quanto maior for o tempo de inadimplência, fica mais fácil renegociar, já que os bancos costumam dar os valores como perdidos. O que vier é lucro.” Então, se você se encontra nesta situação, saiba que pelo menos pode ser uma oportunidade para a renegociação.
Apenas para advertir, tente evitar ao máximo chegar a este ponto, pois quem deixa de pagar aos credores corre o risco de ter o nome negativado e de encontrar muitas dificuldades para se manter no presente e para obter crédito no futuro.
O importante é procurar entender sua situação financeira e, com planejamento e organização, fazer todos os esforços para resolver estas questões. Com hábitos financeiros mais saudáveis será possível se desvencilhar deste cenário e passar de devedor à poupador! Do mesmo modo, se você conhece alguém que precisa de ajuda ou de orientação, compartilhe este artigo para que mais pessoas possam encontrar soluções para seus problemas financeiros.