Para o dia das crianças, o Valor fez duas reportagens sobre a previdência e outros veículos (ETFs e fundos/clubes de ações) como forma de acumulação de recursos para as crianças: “Previdência: brincadeira de criança” e “ETFs e fundos de ações são alternativas para crianças“. Fui entrevistada pela Luciana Seabra para esta reportagem e dei minha contribuição para as matérias.
A previdência pode ser um ótimo veículo para acumular recursos para as crianças, principalmente se os aportes forem de até 12% da renda bruta tributável do responsável e se for possível abater este valor da base de cálculo do IR. Para isto, é preciso efetuar a declaração pelo Modelo Completo e contribuir para o INSS ou para o regime próprio (no caso dos servidores públicos).
É importante lembrar que o que conta é a soma dos aportes do responsável e mais os para a criança, na hora de computar os 12% da renda bruta tributável.
Para efetuar uma boa escolha para os pequenos, é importante procurar baixas taxas de carregamento e de administração para que elas não corroam toda a rentabilidade. Normalmente, quanto menores os valores dos aportes mensais, mais altas estas taxas.
Uma outra vantagem é que contribuir para a previdência é uma boa maneira de a pessoa se habituar aos aportes mensais, principalmente para aqueles que não são muito organizados e/ou ainda não tem o costume de fazer aplicações periódicas.
Em geral, os aportes para as crianças começam logo que ela nasce e só costumam ser resgatados perto dos 20 anos. Então, por se tratar de longuíssimo prazo, é possível assumir algum risco nesta poupança procurando uma diversificação maior da carteira.
Esta diversificação pode ser por meio de produtos de previdência, inclusive os de ciclo de vida, em que o risco vai diminuindo com o passar do tempo, ou também aplicando diretamente em outros produtos que não a previdência.
É válido fazer a comparação entre a previdência e estes outros produtos e, sendo vantajoso, aplicar diretamente em títulos do Tesouro Direto, ETFs, fundos ou clubes de investimento.
Atualmente, eu aplico uma parte da reserva de minhas filhas de 17 e 15 anos em ações por meio de um Clube de Investimento.
Veja aqui as duas matérias na íntegra: