O matrimônio é cheio de momentos significativos, desafios e uma parceria que, esperançosamente, perdura para sempre. Como Vinicius de Moraes expressou em seu Soneto da Fidelidade: “Que seja infinito enquanto dure”. Contudo, o que acontece com o fim do casamento, quando essa união de amor chega ao seu fim?
Esse foi o assunto do texto que publiquei no site da Lu Lacerda nessa semana e que também explico aqui abaixo.
O fim do casamento
Discutir o término de um casamento, apesar de ser um tema sensível, é crucial, especialmente considerando as implicações financeiras. Quando o caminho compartilhado se divide, cada pessoa passa a encarar a jornada sozinha, incluindo a gestão de suas finanças.
É nesse ponto que algumas pessoas tentam argumentar: mas Leticia, eu não pretendo me separar. Se você está nesse grupo, ótimo! Eu fico feliz por você. Mas é importante salientar que os casamentos sempre chegam ao fim, seja por separação ou pela perda de um dos parceiros.
Isso nos leva a uma pergunta central: o que você faria se fosse o cônjuge sobrevivente? Em matrimônios com diferença de idade, normalmente é o mais jovem que sobrevive mais tempo. Embora isso não seja uma constante, é um ponto que merece atenção. Planejar as finanças para o futuro é uma sabedoria necessária.
Autonomia financeira antes do fim do casamento
Eu vejo a autonomia financeira de cada cônjuge dentro do casamento como algo bastante relevante. Conheço inúmeros casos de pessoas que dependiam totalmente de seus cônjuges e tinham que conviver com a falta de liberdade provocada pela dependência financeira.
Acredite! Essa autonomia individual é saudável se houver entendimento e diálogo. Ela oferece segurança em tempos incertos e promove uma relação mais equilibrada. Também é relevante tratar pontos como testamentos, seguros de vida e planos de aposentadoria. Tudo isso é essencial para garantir que o cônjuge sobrevivente não enfrentará decisões financeiras imprevistas em momentos já desafiadores.
Sempre ela: a educação financeira
A educação financeira contínua é importante. Eu sei que sou suspeita de afirmar isso, mas estou certa do quando a educação financeira pode mudar vidas.
Voltando ao casamento, educação financeira significa se manter informado sobre as finanças pessoais e da família, se inteirar acerca dos investimentos e do gerenciamento de ativos, proporcionando confiança e capacidade para lidar com mudanças inesperadas na vida conjugal.
Quando começar?
Ok Leticia! Entendi e vejo que preciso mudar. Quando devo começar?
Para aqueles que nunca consideraram a importância de administrar suas finanças, agora é um bom momento para começar. Mesmo que você não esteja cuidando ativamente das contas ou dos investimentos, é essencial começar a se envolver. Compreender onde os recursos estão alocados, a existência de seguros ou testamentos, as dívidas e as contas em operação… Enfim, é crucial obter essas informações.
Isso não significa mergulhar de cabeça nas finanças imediatamente, mas sim uma chamada para a consciência. Afinal, estar a par das finanças do casal é um ato de responsabilidade mútua. É uma conversa que pode ser difícil, mas é necessária. Estar ciente das finanças é um passo muito importante para garantir a estabilidade e o planejamento para o futuro, independentemente do caminho que a vida possa tomar.
A necessidade de preparação para qualquer eventualidade é o ponto principal. Que o amor seja infinito enquanto dure, e que a consciência financeira seja uma constante, independentemente do rumo que a jornada conjugal tomar.