Ao contrário do que muita gente pensa, planejamento financeiro não é só sobre números. O planejamento trata muito mais de pessoas e os números apenas nos auxiliam nessa jornada.
Como todos nós sabemos, pessoas agem por impulso e tomam decisões emocionais. Ninguém é 100% racional, temos uma racionalidade limitada.
Porém, o que não podemos ignorar é que muitas dessas decisões não são as mais eficientes e podem ter um efeito nocivo em nossas vidas, gerando desarmonia e desequilíbrio. E, com esse mesmo desequilíbrio, vem a ansiedade, as preocupações, o estresse e outros transtornos bastante comuns em nossos dias.
Como eu reforcei em uma artigo que publiquei recentemente no site da Lu Lacerda (clique aqui para acessar): nós sabemos que não devemos gastar mais do que ganhamos, que devemos poupar para a reserva de emergências, para os sonhos e para a aposentadoria. No entanto, nem sempre é assim que funciona na vida real.
É exatamente isso que acontece quando utilizamos o cartão de crédito como se não houvesse amanhã ou quando saímos de uma loja com sacolas cheias de produtos desnecessários que terminarão esquecidos no fundo de uma gaveta qualquer.
No dia a dia, temos incontáveis exemplos de situações que trazem desequilíbrio. Mas a pergunta que fica é: como lidar com isso? Se somos seres emocionais, como lidar com as emoções e evitar cair na armadilha das decisões ruins?
O segredo está no equilíbrio! É preciso levar a vida de forma balanceada!
É necessário sim ter uma “válvula de escape” e deixar as emoções fluírem, mas não precisamos descontar toda a ansiedade da semana no cartão de crédito, indo às compras no shopping ou na internet.
Eu também enfatizei no artigo citado que: não adianta querer entrar numa dieta radical e deixar de comer tudo quanto é doce e carboidrato. Em pouco tempo, a pessoa não vai aguentar mais e desistirá dessa dieta. De outro lado, se ela resolver comer tudo que a apetecer, provavelmente vai ganhar peso até ter problemas cardíacos.
Precisamos evitar os extremos… Não dá para mudar comportamentos antigos de uma hora para outra. É preciso tempo e paciência para implantar hábitos mais saudáveis e o processo não precisa ser radical. Aliás, há chances enormes de as mudanças radicais serem abandonadas em bem pouco tempo depois de iniciadas.
Você não precisa se privar de todos os pequenos prazeres da vida para ter uma vida financeira saudável. Evite apenas os excessos! Nem muito, nem pouco, mas o suficiente. Suficiente é aquilo que sacia, é o que basta.
O segredo está no equilíbrio. Você já tinha pensado nisso? Tem vivido de forma equilibrada?