
O novo tarifaço implementado por Donald Trump vem causando grande impacto nos mercados globais. No início de abril, ele anunciou tarifas sobre importações de diversos países, provocando uma forte reação nos mercados financeiros e aumentando a tensão comercial internacional.
A resposta veio rápido: bolsas ao redor do mundo caíram, o dólar se valorizou e a volatilidade dominou os noticiários. No entanto, houve uma reviravolta: as tarifas foram temporariamente adiadas por 90 dias, o que trouxe alívio ao mercado e fez os ativos subirem com força.
Mas… Por que os mercados financeiros reagiram dessa forma? E como devemos nos proteger?
O tarifaço de Donald Trump e o comportamento do mercado
Os mercados financeiros reagiram com queda e volatilidade porque são, por natureza, sensíveis a incertezas. Não há como negar que decisões políticas com repercussão global afetam as expectativas dos investidores.
No caso do tarifaço de Donald Trump, a incerteza se concentra nos efeitos colaterais desses aumentos. Tarifas de importação mais altas podem pressionar a inflação, frear o crescimento e impactar as cadeias de produção. Quando há risco de desaceleração econômica e aumento de preços, os ativos se ajustam. Mas isso não significa que você precise se mover junto com eles.
Como estar preparado para essa volatilidade do mercado?
Para quem já enfrentou outras crises e tem um bom planejamento financeiro, movimentos como esse não são motivo de pânico, mas sim um lembrete valioso sobre a importância de investir com estratégia, respeitando seus objetivos, horizonte de investimento e perfil de risco. Estamos vivendo um momento de alta volatilidade e isso exige ainda mais serenidade.
Se a sua carteira está diversificada e adequada a você, não há razão para fazer mudanças agora. A volatilidade faz parte do caminho e é para isso que serve o planejamento: para atravessar esses momentos com serenidade. Leia aqui esse que texto em que explico mais sobre a importância de diversificação.
Agora, se essa oscilação está te tirando o sono, vale a pena refletir. Talvez sua carteira esteja mais arriscada ou menos diversificada do que deveria, e esse incômodo pode ser um sinal de que é hora de ajustar a alocação. Mas isso deve ser feito com calma, e não no calor da emoção.
Por isso, se você está se sentindo inseguro ou insegura com seus investimentos agora, talvez seja a hora de conversar com um planejador financeiro para reavaliar se o seu portfólio está mesmo adequado aos seus objetivos e à sua tolerância a risco. Não para reagir ao que está acontecendo no mundo, mas para garantir que a sua estratégia faz sentido para você, independentemente do que venha a acontecer.
Esse é um ponto que sempre destaco (inclusive neste artigo aqui, que escrevi em outra crise): não é a crise em si que determina seu sucesso financeiro, mas a forma como você responde a ela.
Se você tem uma carteira diversificada, bem planejada e alinhada com seus objetivos de vida e seu perfil de risco, não há motivo para agir por impulso. O sobe e desce de curto prazo faz parte do caminho de quem investe pensando no longo prazo.
Por isso, minha sugestão neste momento é simples: se você tem um bom plano, mantenha o curso. Se não tem certeza, procure orientação. O momento não é de impulsos, e sim de reflexão. Porque investir com tranquilidade não é sobre prever o futuro, é sobre estar preparado para ele.