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Onde Investir em 2018?

Então, o ano novo chegou! Ares renovados e a mesma pergunta de sempre: onde investir em 2018? Esta é a “pergunta de ouro” quando um ano começa ou está prestes a começar, certo? Pois é… Esta foi a pergunta que a Giane Guerra, radialista do Programa Acerto de Contas, da Rádio Gaúcha me fez em programa que foi ao ar no dia 31 de dezembro.

Buscando uma resposta bem fundamentada, Giane entrevistou três especialistas em finanças: eu, o Rogério Braga, que é sócio da gestora de fundos Quantitas, e o Felipe Mahler, assessor de investimentos da Monte Bravo Investimentos. E então? O que acha de dar uma olhada no que respondemos? Escute o áudio do programa a seguir, ou clique aqui para ler o artigo que a Giane escreveu com base no que respondemos.

Se preferir, você também pode ler abaixo a minha resposta.

 

Onde Investir em 2018: Tesouro Direto

Na minha opinião, em 2018 pode ser bem interessante aplicar no Tesouro IPCA, que é um título que traz um valor prefixado de taxa de juros e ainda é corrigido pela inflação. Hoje, se você pensar em um título longo para 2035, 2045 e até 2050, o Tesouro está pagando mais de 5% de juros reais (aqueles acima da inflação), mais a correção pelo IPCA, que é a inflação oficial, usada para medir se foram atingidas as metas de inflação do Governo.

Assim, para diversificar, acredito que esta pode ser uma aposta interessante… Basta pensar que você receberá juros reais de mais de 5% (ou seja, acima da inflação) em um horizonte de tempo bem grande (longo prazo). Além disso, o risco de não pagamento é baixo, já que é garantido pelo Governo, o que torna essa alternativa bastante interessante para diversificar a carteira de investimentos.

 

Onde Investir em 2018: Bolsa de Valores

Por outro lado, eu acredito ser bem interessante diversificar os investimentos com ações da Bolsa de Valores…

É claro que isso depende muito do horizonte de tempo do investimento, já que no curto prazo não faz sentido investir em ações, e do perfil do investidor, uma vez que este investimento é desaconselhado para investidores mais conservadores, com maior aversão ao risco.

Eu sempre costumo lembrar que ações são “pedacinhos da empresa” e, se o empresário não fosse ganhar na empresa mais do que ele ganharia deixando o dinheiro na renda fixa (taxa de juros conservadora), seria melhor ele vender a empresa, aplicar o dinheiro dele em títulos do Tesouro e ir pra praia tomar água de coco. Ou seja, só faz sentido continuar com a empresa se ele ganhar com ela mais do que ele ganharia deixando o dinheiro em um investimento mais conservador de curto prazo. E, é claro, que se você investir em ações dessa empresa, ganhará proporcionalmente o mesmo que ele….

Porém, eu não poderia indicar a diversificação em ações sem uma observação essencial: gosto sempre de frisar que acho muito complicado e arriscado uma pessoa leiga investir na Bolsa diretamente, já que é o tipo de investimento que demanda estudo, dedicação, experiência e conhecimento.

É preciso estudar o mercado, o setor da companhia, a própria empresa, falar com o Diretor de Relações com os Investidores, ficar analisando os balanços da sociedade e ficar acompanhando o dia a dia do mercado, da política e da economia. Por conta disso, sempre sugiro para aqueles que não são profissionais financeiros que optem por fundos de investimento em ações.

Claro que existem vários outros tipos de ativos e que também devem ser considerados para a diversificação do portfólio, mas para mim estes dois são os destaques para 2018, ainda mais agora com os juros estão mais baixos e acaba sendo cada vez mais importante diversificar a carteira e tomar um pouco mais de risco.

Por último, gostaria de lembrar que também é preciso considerar um percentual de investimento em renda fixa conservadora, pricipalmente para a Reserva de Emergências e para dar mais segurança ao portfólio.

Então, para 2018 é isso! Acredito que estas alternativas compõem uma carteira diversificada e bastante interessante. Antes de investir, pense sempre no seu perfil de investidor, no seu horizonte de investimento e, de preferência, procure orientação profissional. Bons investimentos!

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