Pois é, os custos dos investimentos caíram! E essa é uma ótima notícia! Com taxas mais baixas, a rentabilidade final dos seus investimentos acaba ficando maior.
Tudo começou quando as corretoras, para conseguir novos clientes, passaram a cobrar custos mais baixos nos investimentos e fizeram uma grande propaganda disso em seus canais. Essas plataformas passaram a isentar seus clientes das taxas do Tesouro Direto e dos títulos de renda fixa, e também da taxa de carregamento para as previdências privadas. Fundos de investimento e de previdência de gestores independentes com menores taxas de administração, também passaram a ser distribuídos por essas casas (e o novo movimento agora é até de “zeragem” da taxa de corretagem na Bolsa).
Foi aí que veio a reação dos grandes bancos… Eles perceberam que estavam perdendo muitos de seus clientes e passaram a oferecer uma arquitetura aberta, vendendo títulos privados de outros bancos e fundos de investimento, além de previdência de gestores independentes. Nas últimas semanas, vários deles também passaram a zerar as taxas de custódia do Tesouro Direto, da Renda Fixa e a dar isenção da taxa de carregamento na previdência privada.
Isso é um grande ganho para o investidor, ainda mais agora em que as taxas de juros estão muito baixas (6,5% ao ano). Qualquer diminuição nos custos dos investimentos já faz uma grande diferença na rentabilidade final.
Se há dois anos (quando os juros estavam em 14,25%), um custo de 0,5% era cobrado por vários bancos como taxa de custódia do Tesouro SELIC, por exemplo, isso significava uma rentabilidade final de 96% da SELIC. Agora, com a taxa de juros nos níveis atuais, chega a menos de 92% deste benchmark.
Veja aqui esse link com os custos de custódia cobrados pelas corretoras para o Tesouro Direto.
É verdade que a B3 ainda cobra 0,3% de custódia no Tesouro Direto e não tem concorrentes para forçar a queda desta taxa. Mas quem sabe nós não poderemos fazer uma pressão para que eles diminuam também essa taxa?
Há algum tempo, muitos investidores nem sabiam da existência desses custos e taxas, não sabiam do que se tratava, por desconhecimento e porque isso não saía na mídia. Mas isso mudou quando planejadores financeiros e influenciadores digitais passaram a alertá-los para que ficassem atentos a elas.
Inclusive, em janeiro de 2012, quando comecei a escrever meus textos por aqui (o primeiro deles falava sobre previdência e, alguns meses depois, esse outro que falava sobre Tesouro Direto), eu já alertava sobre a cobrança destes custos e da importância de procurar os produtos que tivessem as taxas mais baixas ou até a isenção das mesmas.
Em resumo, com a entrada de novas plataformas de distribuição de investimentos das corretoras independentes, iniciou-se uma guerra para conseguir novos clientes. A consequência disso tudo, junto com a educação financeira, foi a queda dos custos atrelados a alguns dos produtos financeiros.
Então, o que ficou muito claro nesse movimento é que a concorrência é benéfica para o investidor. Ele está vendo seus custos financeiros caírem e podendo ter mais opções de investimentos com boa relação custo x benefício em mais instituições financeiras.
Para finalizar, aproveite e clique aqui para conhecer mais sobre as características dos Títulos do Tesouro Direto ou clique aqui para conhecer 3 questões essenciais a respeito da previdência privada. Com este cenário de custos reduzidos você não tem mais desculpas para não investir mais!