Você já parou para pensar como alguns hábitos financeiros do dia a dia podem impactar as suas finanças? Muitas vezes não damos atenção aos ralos que, aos poucos, vão drenando os nossos recursos… E quando falo em ralos, estou me referindo àqueles pequenos gastos que passam despercebidos, mas que, ao longo do tempo, somam valores expressivos.
Alguns exemplos de pequenos hábitos financeiros
Um exemplo clássico é o hábito de pedir comida por aplicativos. Não que você não deva mais pedir comida em casa (eu também adoro a facilidade que esses serviços proporcionam), mas é preciso ter equilíbrio.
Quer outro exemplo comum que afeta muita gente? Esse eu vejo com frequência no atendimento aos meus clientes: a compra de pequenos itens para as crianças, como presentinhos ou guloseimas na rua.
Eu sei que uma vez ou outra não faz mal a ninguém, mas… Quando isso se torna rotina, o impacto no orçamento pode ser maior do que imaginamos. São valores que individualmente parecem pequenos, mas que podem representar gastos significativos, quando somados ao longo de um mês inteiro.
E eu não digo isso da boca para fora. É com conhecimento de causa! É incrível a quantidade de clientes que se assustam quando começam a cuidar das finanças e fazem as contas de quanto gastam com esses itens supérfluos!
Como enxergar os gastos invisíveis?
Na maioria das vezes, esses gastos invisíveis só se tornam claros quando colocados no papel, numa planilha ou aplicativo e analisados com cuidado.
Gosto de fazer uma analogia com a situação de quando falta água em casa. Quando ela está abundante, deixamos a torneira aberta sem nos preocuparmos. Porém, quando sabemos que vai faltar água, enchemos alguns baldes e passamos a economizar, usando-a de forma consciente para que não acabe antes do tempo. Nossos recursos financeiros devem ser tratados da mesma forma. Quando não temos controle, parece que o dinheiro flui sem fim, mas a realidade é que ele é finito e precisa ser cuidado com atenção.
Esses pequenos ajustes nos hábitos do dia a dia podem fazer uma diferença enorme no longo prazo. Não se trata de cortar todos os pequenos prazeres da vida, como encontrar um amigo para tomar um cafezinho, mas de trazer consciência para os gastos e fazer escolhas que estejam alinhadas com os seus objetivos financeiros.
Devemos direcionar nossos recursos para o que realmente importa e deixar de gastar tanto em supérfluos, que no final das contas, nem lembraremos onde foram gastos.
Ok, Leticia, mas por onde devo começar? Aqui vai um exercício simples para começar: anote todos os seus gastos! Dos maiores aos menores. Não deixe passar nada. Faça isso durante um tempo (no mínimo, por um mês). Esse levantamento ajudará a identificar os seus ralos financeiros e a entender para onde está indo o seu dinheiro. A partir daí, você pode começar a ajustar o que não faz sentido e direcionar os seus recursos para o que realmente importa para você e para a sua família.
Lembre-se: o segredo não está no quanto você ganha, mas sim no quanto consegue poupar e investir, direcionando seus esforços de forma inteligente para os seus sonhos e objetivos. Não subestime o poder dos pequenos hábitos financeiros. Pequenas mudanças costumam empilhar resultados ao longo do tempo e podem provocar uma grande diferença no seu bem-estar financeiro atual e futuro.