Às vezes me perguntam: Leticia, há espaço para os seguros no planejamento financeiro pessoal? A resposta é SIM, e isso sempre me faz pensar no quanto este tema não é tratado com a relevância que ele realmente merece…
Seguros são um elemento essencial para um bom planejamento financeiro, pois estamos falando de futuro e, portanto, de incertezas quanto ao que está por vir.
Outro dia colaborei para uma matéria sobre o assunto no Portal Como Investir. Assim sendo, resolvi escrever este texto para lhe mostrar porque os seguros devem fazer parte do seu planejamento financeiro.
Antes de iniciarmos, apenas gostaria de lhe convidar a ler a matéria no Portal Como Investir. Clique no botão abaixo para acessá-la:
Qual é o lugar dos seguros no planejamento financeiro?
De acordo com a Planejar, associação dos planejadores financeiros no Brasil, são seis as áreas que devem ser abordadas para o desenvolvimento de um Planejamento Financeiro completo e eficaz. São elas:
- gestão financeira;
- gestão de ativos;
- gestão de risco;
- planejamento tributário;
- planejamento sucessório e
- planejamento de aposentadoria.
Os seguros são instrumentos que se encaixam perfeitamente na gestão de risco. Em muitos casos, os seguros são a principal ferramenta para mitigar e reduzir riscos, o que os torna ainda mais relevantes para esta área.
Nesse sentido, você deve estar se perguntando, como isso funciona? Como devemos utilizar os seguros para gerir os riscos? Vamos lá…
Usando os seguros para reduzir riscos…
Como eu disse, os seguros estão situados dentro da área de gestão de risco do planejamento financeiro, o que significa que a finalidade deles é justamente prevenir problemas futuros.
Desse modo, precisamos compreender primeiro a quais riscos a família ou empresa está exposta e depois identificar qual é o seguro mais indicado para aquela determinada situação. Esta adequação é feita através de um processo de análise do cliente, em que se verifica quais os riscos a que ele pode estar sujeito e quais ele deve terceirizar por meio dos seguros.
Todos estes cuidados devem ser tomados para garantir um planejamento financeiro completo e realmente eficaz diante da realidade do cliente e das incertezas que todos nós temos em relação ao futuro e à vida.
O exemplo do seguro de vida
Até certa medida, o seguro de vida pode ser considerado uma poupança para os herdeiros, o que vem a reduzir as dificuldades financeiras, caso uma pessoa importante venha a lhes faltar.
O seguro de vida se torna particularmente relevante no caso de o provedor da família falecer e ainda não ter patrimônio o suficiente para garantir pelo menos os estudos de seus herdeiros. O que se verifica em casos assim é que o seguro de vida passa a ser um instrumento para resolver esta equação, dando maior tranquilidade a todos.
Deste raciocínio, é coerente que a família diminua gradualmente o valor segurado à medida em que vai juntando patrimônio, desde que seja preservada a mesma proporção do aumento de patrimônio em relação ao valor segurado.
É claro que esta composição varia bastante de caso a caso e depende da relação entre prêmio do seguro e valor segurado, mas eu entendo que o valor segurado deve ser o suficiente para complementar o sustento dos filhos, até que se formem na faculdade e possam ter renda para se sustentar.
Além do seguro de vida e do seguro de carros, que são os mais conhecidos pelas pessoas, existem vários outros seguros, como o de imóvel, o de responsabilidade civil, o para acidentes pessoais e muitos outros. Na hora de planejar o que você quer para o futuro, não esqueça de utilizá-los, pois imprevistos acontecem e ninguém está livre de ter problemas. Boa sorte!