Além da diversificação, que foi o nosso último assunto aqui do site, também é super importante fazer o rebalanceamento da carteira de investimentos. Este, inclusive, foi o assunto de um artigo que publiquei no site da Lu Lacerda.
Por mais que um investidor diversifique bem a sua carteira de investimentos, de acordo com os seus objetivos, o seu horizonte de tempo e o seu perfil de investidor, os diferentes ativos terão performances diferentes entre si. Sendo assim, a carteira por si só pode acabar se desbalanceando.
A consequência natural disso é a perda do alinhamento entre o perfil do investidor e a sua respectiva carteira de investimentos. Daí a necessidade de uma regular atualização. É muito importante que sejam feitas operações de forma a retornar à alocação proporcional inicial e ideal. É exatamente isso que é o rebalanceamento da carteira.
Vimos agora na crise, por exemplo, como o portfólio pode balançar devido a situações adversas, como foi no início da pandemia. E, inclusive, muitas pessoas perceberam que seus investimentos não estavam adequados, pois vimos muitos resgates ali bem no meio do furacão.
Então, de tempos em tempos, é preciso verificar se os percentuais dos ativos da carteira estão adequados. Se não estiverem, é preciso efetuar um ajuste, vendendo aqueles ativos que aumentaram percentualmente na carteira e comprando aqueles ativos que diminuíram a sua participação.
Inclusive, escrevi este outro texto aqui no site que pode complementar com um exemplo numérico do rebalanceamento.
O risco do não rebalanceamento da carteira de investimentos
O maior perigo em não efetuar esses ajustes é o aumento da participação dos ativos mais arriscados na carteira do investidor, de modo que quando houver uma crise a volatilidade do portfólio acabe sendo bem maior do que ele poderia aguentar.
E tem ainda uma outra situação… Aquela em que os investimentos arriscados podem ter seu espaço reduzido no portfólio e perderem a volta do mercado, como vimos a alta que ocorreu logo em seguida, a partir do dia 23 de março, que foi o pior momento da bolsa no Brasil.
Qual é o prazo para rebalancear a carteira de investimentos?
O rebalanceamento da carteira de investimentos pode ocorrer de duas formas no que tange ao prazo, ou num período de tempo previamente definido (de 6 em 6 meses, por exemplo) ou a cada vez que determinado parâmetro for ultrapassado.
Neste último caso, podemos citar como exemplo uma determinada carteira que tenha como parâmetro uma proporção de 20% de investimentos em ações. Assim, quando o percentual das ações chegar a 25% ou cair para 15%, poderá ocorrer o rebalanceamento.
Quando uma carteira de investimentos não deverá ser rebalanceada?
Vale a pena complementar que não se deve fazer o rebalanceamento da carteira de investimentos de uma forma muito frequente, a ponto de incorrer em muitos custos com impostos, corretagens e taxas, por exemplo. Tais custos podem prejudicar a performance da carteira como um todo.
E então… Pronto para implementar essa rotina de rebalanceamento da carteira de investimentos? Espero que este texto possa lhe ajudar a enxergar a importância deste método para a readequação regular da sua carteira à alocação ideal.