Mais uma vez, estamos diante da situação em que a rentabilidade da poupança está menor do que a inflação! Nos últimos 12 meses, a poupança rendeu 2,7%, enquanto a inflação acumulada foi de 3,1%.
O que ocorre atualmente é que se você deixar seus recursos investidos na poupança, não vai conseguir comprar a mesma quantidade de bens ou serviços que conseguia no passado, já que os juros que receberá da poupança não conseguirão rentabilizar os recursos tanto quanto subiram os preços por conta da inflação. Em outras palavras, deixar o dinheiro na poupança significa perda do poder de compra.
Contudo, é verdade que é melhor investir na poupança do que deixar o dinheiro embaixo do colchão, pois desta forma a perda do poder de compra será maior ainda, sem nenhum tipo de rendimento.
Eu também defendo que, se você ainda não conhece bem os outros produtos financeiros e está em dúvida de onde investir os seus recursos, a poupança pode ser uma opção, enquanto você estuda mais sobre o mercado. Desse modo, pelo menos seu dinheiro vai rendendo alguma coisa enquanto você não decide por outros investimentos. Em resumo, a regra é: melhor investir na poupança do que não investir em nenhum lugar.
Mas… A questão é que o fato de estar perdendo para a inflação é motivo suficiente para que você faça um esforço para aprender sobre outros produtos de investimento e procure diversificar a sua carteira.
E tem mais… Se você já estudou sobre outros investimentos e vai diversificar, não tem porque deixar uma parte na poupança, já que existem outras opções equivalentes que são conservadoras e com boa liquidez e que rendem um pouquinho mais.
Esse é o caso, por exemplo, dos CDBs de grandes bancos, que hoje estão pagando algo próximo a 100% do CDI e que têm liquidez diária. Eles podem servir como opção para sua reserva de emergências.
O Tesouro Selic também é outra boa opção e, apesar de estar sofrendo nesses últimos dias (veja aqui este outro artigo em que expliquei o porquê dessa rentabilidade negativa do Tesouro Selic), é um dos investimentos com menor risco. E faz sentido para investimentos de curto prazo.
Os fundos DI com taxa de administração zerada ou muito baixa, podem ser outra opção para a reserva de emergências também.
Lembrando que, quando estamos considerando o investimento para a reserva de emergências, como expliquei para a CNN em entrevista recente, o mais importante é priorizar a segurança e a liquidez. Rentabilidade não é o mais importante nesse caso, pois como risco e rentabilidade estão diretamente ligados, uma maior rentabilidade implicaria em maior risco, o que não faz sentido para um recurso de curto prazo que pode se fazer necessário a qualquer momento.
Não deixe o seu dinheiro perder poder de compra e procure por alternativas adequadas ao seu perfil e aos seus objetivos. Dedique um pouco de tempo e energia para cuidar dos seus recursos e investimentos.