Ter uma reserva de emergência pode ser uma das melhores coisas a se fazer na vida, quando o objetivo é se preparar quanto às incertezas que a caminhada costuma proporcionar.
Mas, uma das melhores formas de visualizar a importância dessa reserva é justamente analisar o que acontece quando ela não existe. Vejamos…
Reserva de emergência: o que acontece se você não tem a sua?
Se você não conseguiu formar a sua reserva de emergência, estará sujeito a passar por alguns desafios a mais e, talvez, até alguns constrangimentos adicionais, quando imprevistos ocorrerem.
Diante de uma dificuldade, quem não tem uma reserva, pode acabar tendo que recorrer a um empréstimo bancário de urgência. Isso normalmente termina em uma dívida muitas vezes maior do que o dinheiro levantado. Digo isso, porque quem precisa de dinheiro em uma emergência não tem muito tempo para avaliar juros e outras condições e acaba arrumando um enorme passivo para o futuro.
Outra opção, bem mais constrangedora, é ter que pedir dinheiro para amigos ou parentes. Que tal?
Facilidades que a reserva de emergência pode trazer
Em um texto recente que publiquei no site da Lu Lacerda, citei algumas situações corriqueiras que podem ser facilitadas se houver uma reserva de emergência. Vale a pena reproduzir essa breve lista, olha só:
– Perdeu a condução? Ok, dá para usar a reserva de emergências e pegar um Uber.
— Perdeu o voo? Paga um pouco mais e pega o próximo, mas não perde o casamento da sua prima mais chegada e que você foi convidada para ser madrinha!
— A geladeira pifou? Sem problemas, usa a reserva para comprar uma nova!
— Estava na rua e quebrou o salto? Tudo certo, dá para passar na loja da esquina e sair de sapato novo, sem nem se atrasar muito para aquela importante reunião.
Esses são apenas alguns exemplos entre intermináveis imprevistos que podem ocorrer!
Quanto devo ter na reserva de emergência?
A essa altura, talvez você esteja se perguntando: mas Leticia, quanto devo ter guardado na minha reserva de emergência?
Então… O valor pode variar bastante conforme a sua fonte de renda, seus compromissos financeiros e sua empregabilidade.
Se, por exemplo, você é servidor público e tem uma renda estável, pode ter uma reserva menor, porque tem chances bem menores de ver seus ganhos caírem de uma hora para outra.
Sua reserva também poderia ser menor caso não tenha muitos compromissos financeiros como um financiamento da casa própria, por exemplo, ou a escola das crianças. E por fim, se você estiver na área da informática, que está cada vez demandando mais mão de obra!
Se, por outro lado, você trabalha por conta própria, está pagando as parcelas do financiamento do imóvel e está num setor com poucas ofertas de emprego, recomenda-se uma reserva maior.
Em suma, recomenda-se que a reserva seja o suficiente para cobrir as suas despesas por um período que varie entre 6 e 12 meses.
Onde esse dinheiro deve ficar investido?
Por se tratar de um dinheiro que precisa estar disponível no curtíssimo prazo, recomenda-se sempre algum investimento com liquidez diária e baixo risco.
Exemplos desses investimentos são o Tesouro Selic; CDBs atrelados ao DI com liquidez diária e de emissores com bom risco de crédito; ou fundos referenciados DI com baixas taxas de administração.
E então, você já tem a sua reserva de emergência? Comece o quanto antes!