Você já pensou que toda vez que pegamos dinheiro emprestado, estamos tirando esses recursos do nosso “eu futuro”? É como se estivéssemos roubando de nós mesmos, mas do nosso “eu” mais velho. Muitas vezes, ao tentarmos satisfazer nossos desejos no presente, acabamos não nos planejando adequadamente para essas despesas e, como resultado, nos endividamos.
Quando gastamos mais do que temos hoje, não estamos apenas comprometendo o nosso presente, mas também sacrificando uma parte significativa do nosso futuro. E esse custo é ainda maior porque incide juros sobre o valor emprestado.
Uma nova dívida pode gerar um grande desequilíbrio financeiro e, em última instância, comprometer nosso bem-estar futuro.
Por exemplo, imagine que ao consumir uma roupa a mais hoje no cartão e não pagar a fatura, estamos, na verdade, tirando duas ou mais compras de roupas do nosso eu futuro. Ou quando compramos um carro financiado agora, é como se tivéssemos que pagar por dois ou três carros que poderíamos ter mais adiante.
E o pior: quando essa bola de neve das dívidas começa a crescer, o impacto pode ser devastador. Corremos o risco de perder até o próprio carro que foi financiado por não conseguir quitar as parcelas acumuladas.
Para evitar cair nessa armadilha, comece anotando suas despesas mensais e estabeleça um limite para os gastos supérfluos. Assim que possível, crie uma reserva de emergências para não se enrolar quando ocorrerem imprevistos.
Planejando o futuro: pensando na longevidade
Além de tudo isso, é importante lembrar que a expectativa de vida está cada vez maior. O que significa que, provavelmente, teremos muitos anos pela frente. No entanto, dificilmente teremos a mesma força de trabalho no futuro, e provavelmente não conseguiremos trabalhar até o fim dos nossos dias.
Se continuarmos roubando recursos do nosso “eu futuro” ao contrair dívidas hoje, como esperamos que será a nossa vida lá na frente? Será que conseguiremos viver a velhice dos sonhos como naquela propaganda de um casal de idosos felizes aproveitando a aposentadoria sentados à beira-mar?
Para alcançar esse futuro tranquilo, inclusive financeiramente, é essencial começarmos a nos preparar desde já. Isso inclui quitar as dívidas atuais e começar a poupar para o futuro. Quando cuidamos das nossas finanças no presente, garantimos uma velhice saudável e livre de preocupações financeiras.
Evitando o estresse das dívidas
É sempre bom lembrar que dívidas não afetam apenas as nossas finanças, elas também podem gerar um enorme desgaste emocional. O estresse constante de ter que lidar com boletos pode comprometer nossa saúde mental. Por outro lado, estar financeiramente equilibrado traz uma paz indescritível.
Portanto, nada é melhor do que deitar a cabeça no travesseiro com a tranquilidade de saber que nossas finanças estão em dia hoje e que estamos nos planejando para uma velhice segura no futuro.
Lembre-se: o dinheiro que pegamos emprestado hoje é um compromisso que nosso eu futuro terá que arcar lá na frente, e com juros, muitos juros. Ao fazermos escolhas financeiras conscientes hoje, investimos no nosso bem-estar e garantimos que a nossa longevidade seja vivida plenamente, sem nos preocuparmos em não ter recursos para uma velhice tranquila.
Em outras palavras, a cada nova dívida, você está decidindo pelo desejo imediato e quem sabe, abrindo mão da tranquilidade de um futuro sem preocupações financeiras. O que você prefere?