Ícone do site Leticia Camargo

Sucessão: é preciso pensar nisso!

Sucessão

Vamos falar de sucessão… Sei bem que este é um tema cercado por mitos e que grande parte das pessoas prefere evitar, mas ele ganha cada vez mais importância, sobretudo quando estamos atravessando um período de grandes incertezas quanto ao futuro.

É preciso admitir que pensar em sucessão não é muito agradável, já que encara justamente um dos temas mais complicados de nossas vidas: a morte. Mas é preciso ter maturidade e enxergar que, embora o assunto seja delicado, ele também é inevitável e de extrema importância.

Com isso, sabendo que todos temos um futuro em comum e inescapável, porque não deixar as coisas facilitadas e mais organizadas para as pessoas queridas que ficam? O que nos impede de pensar no futuro das pessoas que amamos, se um dia nos ausentarmos? Pensar na sucessão pode ser também uma prova de amor para nossos entes queridos que ficam.

A atual crise, que infelizmente já vitimou milhões de pessoas em todo o planeta, deixou claro o quanto somos finitos em nossa trajetória por aqui. E isso despertou muita gente para a necessidade de pensar na sucessão.

Segundo um artigo do Valor, desde meados de março (2020) aumentou a demanda de indivíduos e famílias para começar ou mesmo adiantar doações, testamentos e até filantropia, ou pelo menos para tirar dúvidas sobre como amenizar uma eventual ausência.

Como eu expliquei em um texto publicado há alguns dias no site da Lu Lacerda, o testamento pode ser uma boa opção para que seja feita a sua vontade na divisão dos bens entre os herdeiros — é possível testar a parte disponível para quem a pessoa desejar. Aqui no Brasil, porém, a transmissão da outra parte deve seguir as regras da herança em relação aos herdeiros necessários (cônjuges, descendentes e ascendentes).

Também expliquei que é possível pensar sobre o adiantamento da herança por meio de doação em vida ou utilizar a previdência privada, que não entra no inventário.

Outro ponto que merece destaque e que precisa ser considerado é que, na ausência de um dos provedores da família, os herdeiros podem precisar de dinheiro disponível imediatamente, até mesmo para o seu próprio sustento e para as custas do inventário e impostos de transmissão.

A título de exemplo, basta pensar no caso da ausência do responsável pelo sustento da família, quando a(o) cônjuge não possui renda e os filhos são menores e dependentes. Por maior que seja o patrimônio da família, pode ser que faltem recursos para resolver questões imediatas, se isso não for planejado.

E pensar nas pessoas que amamos na nossa falta não se concentra somente em questões de herança. Mesmo que o patrimônio seja pequeno ou nenhum, é possível ajudar, deixando todas as informações financeiras organizadas, como:

Um pouco de organização também ajuda muito nessas horas!

 

Como frisei no início deste texto, sei bem que esse assunto é delicado, mas não custa pensar nele com alguma maturidade e agir para facilitar o processo da sucessão para as pessoas que mais amamos na vida. Esse não deixa de ser um ato de amor aos que ficam.

Sair da versão mobile